Alexandre Faria, depois de escrever o romance Okinca, dedica A Princesa dos Bijagós às crianças africanas.
Era uma vez uma princesa que vivia numa ilha no meio do Oceano Atlântico. Não tinha mais de 8 anos, mas o desejo de ser uma grande rainha, superava todos os outros.
O reino situava-se no Arquipélago dos Bijagós, no continente africano, e Orango, a terra insular onde habitava, era a última das oitenta e oito ilhas, repleta de animais exóticos e de aldeias espalhadas ao longo do seu território.
A princesa chamava-se Pampa, gostava de usar tranças no seu cabelo e, desde que nascera, preparava-se da melhor forma para suceder aos seus pais, assim que a altura chegasse.
More info →«Entre 1910 e 1930, Okinca Pampa, Rainha dos Bijagós, reinou neste arquipélago da Guiné-Bissau de um modo inesquecível, deixando um legado incomparável na defesa dos direitos humanos, extensível ao mundo inteiro pela notável inovação das suas lições sobre a Humanidade.
Pioneira nos princípios do matriarcado africano, a história da sua vida continua a entusiasmar gerações, seja pela impressionante atualidade, pela eliminação da escravatura ou pelas caraterísticas inerentes ao tratado de paz que assinou com o regime português, sem esquecer a sua elevada nobreza de carácter, a luta persistente pelos direitos das mulheres e a salvaguarda intransigente da Natureza, a par de outras iniciativas em prol do seu povo e do seu território.
Numa época marcada por fortes desigualdades entre os seres humanos, Okinca revela-nos uma das mulheres mais extraordinárias do continente africano, envolvida no animismo, na espiritualidade e numa intensa ligação à Natureza, demonstrando a influência incontornável desta rainha na identidade própria da Guiné-Bissau e da Lusofonia.»
In contracapa Okinca
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