A cidade dos sonhos" perdidos conta a história de uma família até à sua extinção. A narrativa decorre no Porto do séc. XX. Não se trata, contudo, de um romance documental, mas antes de um retrato intimista da vida portuense, numa perspetiva sobretudo feminina.
More info →“Mãe Solidão” retrata a vida de uma família destroçada pelo infortúnio de uma doença e de um acidente. que condicionará para sempre os sentimentos de uma mãe, cuja atitude se reflectirá para sempre na vida dos dois filhos sobreviventes. É esta mãe ausente, fria, distante e desequilibrada que Maria Alzira Cabral, dobra e desdobra nas páginas deste romance.
More info →Emílio cresce em Lisboa entre um pai ausente e o sonho de ser realizador de cinema. O cinema e a televisão são o seu escape para o mundo do sonho. Emílio vê a sua vida em paralelo com os filmes que o libertam.
More info →“A Floresta das Avencas — Crónicas com Direito
e Avesso” é uma narrativa dividida em 16 textos — uma
introdução, 14 crónicas e uma conclusão.
Estes textos apresentam uma estrutura sequencial
com as mesmas personagens deslocando-se no espaço
e no tempo da ação como numa viagem, e estabelecem
um paralelo entre a infância associada ao nascimento,
parte brilhante, macia, vistosa e regular, e a doença e a
velhice associadas à morte, que correspondem ao lado
contrário, o “avesso” da vida.
O formato “crónica” permite não só a leitura linear
como uma leitura fragmentada e salteada. A narrativa
que as une transforma-as num romance dividido em
pequenos contos.
“A Floresta das Avencas — Crónicas com Direito
e Avesso” reflete também sobre problemas atuais,
relacionados com a solidariedade, a educação, os cuidados
de saúde, numa sociedade em desagregação e na total
ignorância do Outro.
Uma Declaração de Amor tão insólita quanto oportuna e sete contos, um para cada dia da semana, sete contos com as duas faces de Jano. Numa face o lado sério e trágico da vida, noutra face o seu lado mais jocoso e sarcástico, em todos o prazer da palavra que nos liberta do quotidiano.
More info →«A água reflete no impercetível movimento o azul do fundo da banheira. Dispo-me antes de mergulhar na sua bênção. Olho o meu corpo nu cuja perfeição é um dos indícios da sua origem artificial. Reconheço o paradoxo que me anima: uma mente masculina num corpo tão feminino. No meu olhar revive o Narciso que se enamorou de si próprio ao ver o rosto refletido na água. O corpo que Ahed me emprestou é belo como o mármore das estátuas talhadas por mestres escultores. Assim se manterá durante vinte anos, o tempo de vida que com ele me foi concedido.
Afundo-me na banheira, mas não posso usufruir o prazer daquele momento com o vagar que ele exige já que o tempo comanda com mais premência a vida dos glamim do que a dos homens, pois eles conhecem desde o início o dia do seu fim.»
In contracapa Glamim - A Travessia
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