“Conviver com o autismo é sem dúvida conviver
com outros olhares, outras formas de ver e sentir os outros e o
mundo que nos rodeia. Esta síndrome intrigante desafia e testa, a to-do o momento, os nossos saberes, as nossas teorias e
os nossos conhecimentos.
Assim, cada vez que me debruço sobre esta temática, faço-o
com uma nova abertura, com uma nova amplitude, flexibilida-
-de de pensamento e capacidade de avaliar o nosso próprio entendimento sobre o desenvolvimento humano.
Esta postura, enquanto investigadora, é essencial, já que nos
possibilita cruzar conhecimentos e saberes, falar uma outra linguagem, ouvir todos os sinais e sons, mesmo que nos pa-reçam silenciosos.
Como podemos, então, explicar esta enorme complexidade?”