Na obra "A Velhice na Primeira Pessoa", Ester Vaz propõe-se "desconstruir" a percepção moderna de velhice que se configura como problema social.
Na obra “A Velhice na Primeira Pessoa”, Ester Vaz propõe-se “desconstruir” a percepção moderna de velhice que se configura como problema social. A visão leiga sobre a velhice reage a esta concepção e encara-a apenas na sua dimensão de construção da sociedade, associada à problemática da inclusão social pelo trabalho. Ser reformado/a não é ser velho/a: é o olhar dos outros que faz as pessoas velhas. Ester Vaz apoia-se nos resultados de um estudo qualitativo sobre a representação social de velhice e de envelhecimento. Realizou entrevistas em profundidade a homens e mulheres do Norte de Portugal, com idades superiores a 50 anos. A interpretação e análise do material recolhido permitiu à autora concluir que a velhice, mais do que ser a assunção de uma identidade nova atribuída socialmente, corresponde a uma auto-reconstrução que valoriza a continuidade da trajectória individual.