A arte poética de Pacheco de Miranda Santos radica num tríptico que o tem acompanhado em toda a produção literária desde o primeiro livro, editado em 1978, a que deu o belíssimo título “ Raízes que não morrem”
A arte poética de Pacheco de Miranda Santos radica num tríptico que o tem acompanhado em toda a produção literária desde o primeiro livro, editado em 1978, a que deu o belíssimo título “ Raízes que não morrem”. Nesse tríptico corre a seiva de três “ palavras essenciais” que, embora distintas entre si e no seu significado mais profundo, se unem na sua “ essência artística”: Tempo, Natureza e Amor… A inquietação que se desprende dos versos do poeta Pacheco de Miranda Santos resulta da profunda Solidão que tão íntima é das almas criadoras (embora, no fundo, sobretudo nas coisas mais importantes, todos estejamos indizivelmente sós!)… É desta Solidão inquieta que nasce este livro de Poesia – e com a Poesia renova-se a vida e ganha-se esperança! Por isso, a Arte torna-se um modo de viver e ao mesmo tempo, um modo de assumir e de concretizar Ideias e Ideais, mesmo que tudo ocorra na mais profunda das solidões… E esta é, aliás, a grande sabedoria dos poetas, porque, como afirmou Voltaire n’ O Ingénuo, “o carácter transparece sempre nas grandes exaltações de alma”. Ora, é de carácter que falamos quando nos referimos à poesia de Pacheco de Miranda Santos.