Ao longo de duas décadas, a prática textual de Benedita Stingl mante- ve os traços que melhor a identificam: lirismo, convocação amorosa, as emergências de eros, uma subjetividade não imune às asperezas do real e ao irrepetível de quanto passa.
Ao longo de duas décadas, a prática textual de Benedita Stingl mante- ve os traços que melhor a identificam: lirismo, convocação amorosa, as emergências de eros, uma subjetividade não imune às asperezas do real e ao irrepetível de quanto passa. A par, sobretudo nos livros menos distan- tes e na experimentação dos géneros: fantasia, instinto lúdico e didático, crescente dominância de uma busca que realize a persistência dos ideais. Entretanto, anote-se todo um percurso em que relevam à atenção as for- mas inexploradas do poema, os fragmentos narrativos, a dramaturgia. Longe de se ter exaurido nos resultados, sujeitos a todo o escrutínio, o trabalho da autora prossegue, hoje mais consciente do que a literatura é exigência e contínua superação. Daí que seja aprazível para os seus leito- res conhecê-lo nos livros por nascer.