“Era o mais novo dos prisioneiros. Os guardas torturavam-me. Pensavam que por ser jovem iria confessar o que me pediam, mas como poderia fazê-lo, se não sabia porque estava preso?
Fiquei na prisão durante quatro anos, sozinho, era como estar numa sepultura. Os guardas traziam-me comida, que entregavam através de uma janela minúscula, três vezes por dia. Estava autorizado a ir à casa de banho duas vezes, em 24 horas.
Senti-me completamente sozinho... A Poesia deu-me esperança..”
Tsegay Mehari,
Poeta e jornalista eritreu refugiado na Suécia.