O presente trabalho teve o mérito de desbravar o território inexplorado da biologia molecular do sobreiro (e também da azinheira) e desvendar alguns dos seus segredos. Estas espécies florestais, cuja enorme importância ao nível nacional e mediterrânico nunca é demaios envatizar, não são de estudo fácil. O seu crescimento muito lento e as suas particularidades fisiológicas fazem com que qualquer programa de investigação que lhes seja dedicado resulte num desafio tremendo face aos horizontes temporais dos modelos tradicionais de financiamento da investigação. De escassa ajuda são os poucos e imperfeitos modelos existentes. Foi, pois, uma aventura enveredar por esta caminho incerto e tortuoso. O trabalho realizado e os resultados obtidos são, por isso, tanto mais de valorizar e devem ser considerados como o levantar do pano dum projecto a longo termo, que só muita perseverança, luta e capacidade de acreditar pemitem encarar, qualidades que não faltam à Ana Cristina.
Alfredo Cravador, Professor Catedrádito da Universidade do Algarve
“In Prefácio”