Era uma vez N'weti, uma menina moçambicana que vivia na aldeia de Mapulanguene, na província de Gaza, há muitos anos atrás…
N'weti vivia dividida entre a atração misteriosa e mágica que sentia pela Lua e os mitos associados às noites de lua cheia que a sua mãe lhe contava.
Dizia-se que a Lua era uma feiticeira e que quando olhada diretamente, em noites de lua cheia, lançava feitiços malignos, quebrantos e maldições.
Mas que mal lhe poderia fazer a Lua se era, afinal, tão bela? Afinal que fundamento
teriam todos esses mitos? Seriam verdadeiros?
Só mais tarde N'weti irá descobrir as respostas às suas perguntas, quando já não
conseguir dispensar a companhia reconfortante e calorosa da sua amiga solitária, a
Lua... Talvez porque, dizem as lendas: «sempre que a lua nasce, nasce também algures um pequeno “princípe” ou “princesa” que iluminará o mundo com seu perfume singular» (Delmar Maia Gonçalves in Prefácio)