O que não vês aqui é o que verdadeira-mente te queria escrever / E eu nem sei se as palavras coincidem com o que quero dizer-te / Sei que fiquei em silên-cio e tão cheia de palavras / Sei que há letras que calçam sapatos de dança, le-tras que fazem muito mais / do que pa-lavras, letras que se arrepiam, letras que comem a carne dos / sonhos, letras que têm insónias, letras que cospem no vazio, letras que se / desencontram e que têm medo do escuro [...]»