«Apenas depois de já termos acabado o nosso projeto de escrever textos ficcionais breves sobre os pecados capitais, soubemos que alguns gigantes da literatura atual haviam versado e reinventado o tema à luz dos nossos dias. (...)
No próprio mundo paralelo da internet, manancial de discursos muitas vezes anónimos, surge uma interessante e ultramoderna reinvenção dos sete pecados (...).
Talvez tenha sido melhor ter sabido destas reinterpretações apenas depois de termos traçado esta rota… se tivéssemos sabido antes, é bem provável que não nos aventurássemos neste trilho. (...)
No título do nosso projeto está explícita a recuperação de um topos quase imemorial: o topos do pecado. (...)
Terminamos este prólogo, defendendo que a tradicional associação da arte à transgressão favorece o casamento entre ficção e pecados, celebrado no conjunto de textos que ora apresentamos. Poesia, Loucura, Licenças, Liberdade são realidades que sempre caminharam juntas.
O artista, como aquele que testa os limites, é, potencialmente, mais transgressor que o ser humano comum. (...)»
In Prólogo de Alexandra Guedes Pinto