E se o invulgar não fosse tão invulgar quanto sugere ser…? E se entre todos os seres
do mundo existisse uma ligação universal…? Como se nada fosse medido em grandeza,
qualidade ou temporalidade, mas sim em conexão. Uma verdadeira conexão de todas
as coisas à face da Terra, numa interpretação dos acontecimentos muito além do que
simplesmente é visível e palpável.
Com ou sem a explicação certa que o leitor poderá retirar da leitura deste conto, Os
Existenciais é uma pequena história dedicada ao mar, às gaivotas e ao amor, que nos
embala na doçura e amargura da vida, numa escrita transcendente e magistral.
“Neste livro de contos, o autor expõe a sua
perspetiva – particularmente atenta e, por vezes, irónica –
da sociedade, socorrendo-se de um conjunto diversificado
de pequenas narrativas, essencialmente inspiradas na
observação constante de tudo aquilo que o cerca. Assim
nasceram, verdadeiramente, os “Contos do campo e da
cidade com uma brisa do mar”. As particularidades de alguns
quotidianos, rurais e urbanos, as especificidades de algumas
atividades, profissionais e outras, bem como o carácter
multifacetado das fecundas relações humanas, terão estado
na génese dos diversos enredos aqui apresentados, recheados
de personagens cativantes, movimentando-se em contextos
singulares, alguns deles porventura surpreendentes.
Estórias de aventuras e desventuras, de encontros e
desencontros, de amizades serenas e de paixões desmedidas.
Portugal (também) é isto. Lugares, rostos e vivências, a
enriquecerem cada um dos dias das nossas vidas. Saibamos
aproveitar tal benesse. Nunca será tarde para o fazermos.”
«Uma série de histórias de mulheres, divididas em quatro trilogias e seis contos independentes, cada uma destas vidas contadas é intemporal e pretende chamar a atenção para o olhar o outro, para a sororidade e/ou fraternidade. São histórias para todo o tipo de leitores e para todas as idades. Temas do quotidiano de todos os tempos... ou quase.
Da criança abandonada com vida sofrida, às traições que trespassam muitas das relações que se julgam afetivas e onde o amor não mora, aos dramas familiares provocados pela insensatez, excessos e problemas mentais. De tudo o que nos cerca e não vemos, na voracidade dos dias e do tempo, há um pouco, até uma fada surge da guerra, tão dura e insana.
A cada um de nós cabe o dever de apoiar e de se comprometer com a sociedade em geral, contribuindo para a felicidade alheia. Logo, a nossa por inerência. Mesmo que a felicidade se esqueça de alguns, é nosso dever promover esse encontro.
Alertando para os diversos tipos de violência, tentando influenciar, mostrando como tudo seria melhor se o sol brilhasse todos os dias em todas as vidas, através de práticas mais humanistas e solidárias. Com amor, esta nossa caminhada tem mais sentido e o percurso em direção ao objetivo fica mais curto, sendo assim mais fácil de atingir o que deverá ser um objetivo de vida - a Felicidade.
Como seria a humanidade sem leituras e sem reflexão? Sem amor aos outros e sem o querer viver em boa comunhão?
Esse o implícito desafio.»
Rosabela Afonso
In contracapa Mulheres - Trilogias de Outros Contos
Este livro resulta do projeto “(Re)Inserir na Trofa” e compila 23 textos de 23 escritores, pensadores, jornalistas que aceitaram o desafio de partir da biografia de um dos utentes da instituição ASAS (consumidores de substâncias psicoativas em processo de reinserção) para o reescrever do seu trajeto de vida, num reunir de emoções, memórias e projetos passados e futuros, pelas mãos e pelo olhar de quem acredita sempre num virar da página da história de cada um.
Viagem com ele!
More info →«Eu não vou contar-vos aqui uma história, como sói contar-se geralmente. Vou contar-vos um Canto; um Canto à minha Beatriz, um deus mais forte do que eu, que é como quem diz ao meu Cisne de Luz.
Diziam, de mim, Dante, as mulheres: Olha esse que vai ao inferno e volta quando lhe apetece.
Bocaccio, com as senhoras, tergiversou prendendo o seu demónio no inferno.
Rimbaud, também, com a sua época no inferno, mostrara como esteve no inferno; e bem sei eu que de lá nunca voltará, porque o seu inferno foi aqui mesmo na terra.
Quevedo há de dizer que escutara o inferno com muita atenção e que lhe parecera notável coisa - porquanto era a cupidez dos juízes, o ódio dos poderosos, as línguas dos maldizentes, as más intenções... etc..
Orfeu, segundo a mitologia, desceu ao inferno, com a sua flauta, para recuperar a sua amada Eurídice.
Tudo isso sobre o inferno digo eu agora porque eu também tenho algo a contar sobre esse lugar, ou essa simples essência que não sabemos bem o que é, nem como é, nem onde fica.
Mas permitam-me contar este meu Canto em epístola serventesio, pelo que de mais belo pode preencher o peito humano. Creiam-me, não vou contar este Canto como se costuma contar um conto. Nem sei se terá algum sentido ou alguma razão de ser; ou se não será, apenas, um amontoado confuso e banal, tal o caos de Blake…»
«(...) É caso para dizer que o Fernando Messias não para de surpreender, projetando o seu percurso um pouco heterónimo, pela diversidade de percursos simultâneos que constrói na sua vida, para o campo da produção escrita, não se ficando apenas por um romance sobre a vida de uma personagem, mas antes criando várias histórias de personagens com identidade própria neste seu livro “Heterónimos”(...)
Desta forma, cada heterónimo tem a sua própria “personalidade”, com características próprias, expressando o imaginário do autor que, quase saindo de si próprio, entra no “eu” próprio da personagem, dando-lhe coerência interna.
Ao criar os “Heterónimos” de Ângelo de Sabóia, Edmund Stolkin, Edward Heine e Sebastian Jo-hakin, Fernando Messias é “ortónimo” (criador de heterónimos) de quatro “vidas”.»
Professor Saul Neves de Jesus, in Prefácio
More info →Jorge Carlos Fonseca já nos habituou a uma escrita impetuosa, de um ritmo fulminante de poeta. A Grua e a Musa de Mãos Dadas é mais um livro, cuja leitura nos remete para imagens e metáforas de extrema cognição incorporada, para mais enigmas do que certezas, sem preocupação que seja um conto ou uma história, o que o escritor escreve.
São textos cheios de leituras, cheios de referências e peso. Há uma ideia de crónica, de diário, de poema, tudo ao mesmo tempo...
Uma pérola que nos chega pelo Atlântico, desde a África Ocidental.
More info →«O diário de uma viagem iniciática a Sintra. Um palácio e uma mulher. As imagens e as vozes e os encontros de um jovem chamado Rui Poças.
Ao meio-dia cheguei a Sintra. Estava mais que na hora. Ya, vim para filmar umas cenas e esquecer-me um pouco da cruz das insónias!
Há dias completei 18 anos. Celebrava a data com um passeio excêntrico? Porque não?
Mas estourar dinheiro para me enfiarem a carta de condução nas calças era grotesco; servia-me dos transportes públicos e já era bom. Apanhei, no norte, o intercidades até Lisboa - Oriente e depois outro comboio até Sintra. Um táxi preto e verde levou-me ao edifício que me deixava maluco, o palácio Biester.
Durante os confinamentos assisti bastantes vezes ao filme de 1999 intitulado A Nona Porta, com realização do má-rês Roman Polanski. Bué de visualizações; a sério que não foram poucas.
A representação e a beleza cinematográficas da vila dos palacetes e das casas senhoriais e também da casa das bruxas, expressão lançada em páginas da net para referir o Biester, baralharam-me o espírito, deixaram-me as unhas pelo sabugo. E tive de me abrir à viagem. Saco das máscaras e fuga. (…)»
In contracapa do livro Turismo
More info →Natalícia é uma antologia de Natal para adultos, que reúne 20 contos de 20 autores. São histórias, escritas a diferentes ritmos e estilos, que farão o leitor regressar ao seu imaginário infantil, rebuscando memórias e tradições e mergulhando na imensidão da compreensão do próprio ser humano na vivência das suas crenças.
More info →«É na infância e na adolescência que a estrutura e o desenvolvimento emocional do indivíduo se formam. É nessa fase da vida que construímos a nossa visão do mundo e das pessoas. A personalidade está em formação e toda a carga transportada, desde a mais tenra idade, é fundamental na construção do adulto de amanhã.
Poderá um jovem carregado de experiências traumatizantes superar essas marcas e ser um adulto equilibrado e feliz? Em que estado se encontrará a sua saúde mental?
Não há uma resposta única a esta questão. As variáveis são muitas e todas elas importam. Vamos encontrar neste livro uma das respostas possíveis.
Joel é um caso de superação, de resiliência e combate. No entanto, há marcas tão profundas quanto perturbadoras, e a memória pode ser traidora...»
In contracapa
O Homem Que Atirou o Cão pela Janela
“Este conto inicia-se como se fosse uma canção
infantil simples e atractiva, fácil de se escutar, como
um discurso que encaminha para a fruição da beleza.
O conto evidencia uma extraordinária capacidade da
autora de fazer lugares mentais, cenários, puxando o
leitor para um espaço outro, lenta e cuidadosamente.
A partir daquele instante em que capta a atenção toda
de quem a lê, começa a desenvolver um argumento
progressivamente complexo onde até vocábulos raros e
inesperados ajudam a sua construção. Subitamente, o
leitor sente-se questionado ora sobre a felicidade, ora
sobre a amizade, sobre tantos outros valores humanos
em risco. Um risco sério nas pessoas e na viabilidade do
planeta. Termina com uma nota musical de esperança,
mas a inquietação já foi semeada. No ruído e na louca
correria dos dias do nosso tempo humano atual, este
conto que começa inocente, não nos mente. Trava-nos
e diz-nos: ‘Lê-me e desperta.?»
Manuel de Souza Falcão
“Numa viagem entre passado e futuro, por entre
caminhos seguros e cheios de cor, insinua-se a
desconfiança nessa espécie parasita e predadora,
autofágica no limite, que, crente em deuses que criou
à sua semelhança e conveniência, convoca a ilusão
como um seguro de subsistência.”
Omar Salgado
O Ovo de Rá é uma obra de aventuras que conta a viagem de Maia e seus amigos. Articulando a cautela de eremitas com o caminho de guerreiros, o leitor não ficará indiferente a esta viagem.
Alguns lugares desta história são infinitamente estranhos, e o grupo de Maia irá descobrir o mal que se esconde na sombra. Mas o desafio e a peregrinação oferecem sempre lições construtivas.
O Ovo de Rá é um ovo mágico que contém o poder da criação, e é o artefacto que o Mestre Ratapone mais deseja. Mas para alcançar o Ovo de Rá é necessária uma dose de robustez e pureza, e o perigo espreita a cada passo…
O Ovo de Rá projecta um estudo da paixão das personagens. Em bus-ca de um objecto poderoso as personagens têm de deixar para trás a sua coerência? O amor fixa-se ainda como o melhor refúgio do ser humano?
O Ovo de Rá é uma obra repleta de acção e de diálogos que convocam quer o assombro quer a afectuosidade. Reunindo componentes de histórias de amor e do fantástico, Mitro Vorga apresenta a história comovente de um grupo de amigos que arrisca tudo em nome da paz.
Tindersticks, é o conto mais antigo. Escrito em 1999 sob a influência da música da banda de Stuart Staples, decorre numa atmosfera soturna e algo depressiva, hábil em aprisionar nela as personagens. Essa depressão, com laivos de ressentimento, reaparece em Ritos Matinais na incompreensão pela solidão a que se votou. Nas Costas dos Outros é uma critica mordaz, um ensaio sobre a solidão, que se vem a revelar como um ensaio sobre a cegueira. A cegueira de quem observa sem aprender.
Os contos escritos entre 2009 e 2014 têm como traço comum o de confrontar as personagens e o leitor com o outro ângulo da questão (Sonho de Vicente Baptista e Eu Quero um Dispositivo!). Esta visão diferenciada surge mais vincada em Alegoria numa Noite de Verão, quando as duas personagens, um pirilampo e um homem, quase se tocam por um breve momento.
Trás-os-Montes nasceu em 2017 de uma experiência real do autor. A história retrata uma região ainda muito rural, onde o desaparecimento das pessoas vai deixando ao abandono as memórias da terra e uma saudade condenada ao esquecimento.
Finalmente três textos, recentes, abordam a temática do amor e do sexo. O sexo como expiação do amor, o motor que vai mantendo as personagens agarradas a relações que procuram desesperadamente salvar ou reacender. Isso é nítido no Tango com Matilde e em Dava Tudo por uma Passa. Em Porto Novo é onde o tema do sexo é mais forte, mas apenas de forma acessória, com o objetivo de expor a intensidade da vida e que, por muito profundo seja o desânimo ou a desilusão, podemos voltar sempre a ter esperança. E uma nova oportunidade. Mas esta é a visão do autor. Um livro é a construção mental de cada leitor. Debaixo de uma capa vivem uma infinidade de livros.
More info →«Deixei de acreditar na capacidade dos humanos resolverem duradouramente os problemas das alterações climáticas, das guerras, do racismo, da corrupção e de outros flagelos que afetam a humanidade.
Efabulei, então, estórias iluminadas por epifanias que me permitem recriar sociedades de paz, desenvolvimento e bem-estar para todos.
Afinal, o mundo acabará sempre por realizar o que sonharam os poetas!»
Vera Duarte
More info →A cor verde: Esta obra é composta por dois contos, “Vedação” e “Casebre”.
No primeiro conto o leitor pode acompanhar um episódio da vida de um fotógrafo, que mostra que há eventos que mudam completamente o (seu) quotidiano.
No segundo conto o leitor pode acompanhar um episódio da vida de uma família que detém terras e negócios, uma família que esconde um grande mal, e há caminhos que são superiores à força dessa família.
A cor verde é uma obra que parece parte de uma espécie de tabela na qual a esperança e a decadência surgem representadas pela mesma cor.
Uma Declaração de Amor tão insólita quanto oportuna e sete contos, um para cada dia da semana, sete contos com as duas faces de Jano. Numa face o lado sério e trágico da vida, noutra face o seu lado mais jocoso e sarcástico, em todos o prazer da palavra que nos liberta do quotidiano.
More info →«No início de 2019 estava à beira do caos. Presa numa relação que, na maioria do tempo, era tóxica. Feita refém da minha própria crise de identidade e de apego emocional a uma sensação que acabou por revelar-se o meu maior trauma de infância. Gorda. Desleixada. E sem luz. Num loop de acumulação de trabalhos para conseguir pagar a dívida acumulada por uma vida acima das possibilidades. Exausta. Sem vida além desta. A tentar manter-me à tona e com os primeiros sinais físicos de doença. Este livro aconteceu no culminar deste desencontro e acabou por ser a maior das aventuras de vida.»
More info →Maria passa a semana à espera da sexta-feira. Tem 29 anos, vive num pequeno apartamento e o seu objetivo principal é a ascensão profissional. Tem tudo sobre controlo, é uma jovem adulta, empenhada, trabalhadora e sabe claramente onde e como quer chegar. Passa os seus dias numa grande consultora, em frente ao seu computador e quando tem tempo aproveita para estar com os seus pais. Está um pouco desligada dos seus amigos, mas apenas por uma questão de prioridades. Quando tiver chegado onde quer volta a restabelecer ligações e a preocupar-se mais com a vida social. Tem tempo e agora é hora de se focar no que importa!
Existe no entanto uma outra Maria, uma Maria de outro tempo que gosta de beijinhos na testa, de andar de bicicleta e comer gelados. É uma menina cheia de ideias a implementar, apaixonada pela natureza e adora passar tempo com a família e os amigos. Não larga os seus lápis de cor e com eles idealiza mil e um projetos. Essa Maria também chega a ser adolescente e mesmo no meio da turbulência que é a mudança, continua fiel a si mesma, à verdade, às pessoas e ao amor. É difícil crescer, a Maria sabe disso, mas tem consigo as pessoas perfeitas para a acompanharem nesta jornada. A Alice e o Pedro, os melhores amigos que alguma vez já existiram à face da Terra.
No meio delas vive o tempo. Contudo, um amigo de sempre pode fazer com que ele pare e aí será hora de pensar: Quem sou? Que caminho quero seguir? Por quem quero chamar?
Este livro é um lembrete para todos nós que crescemos e nos esquecemos da espontaneidade que temos enquanto crianças, na facilidade que temos em gostar, em sentir e ser. Este livro lembra-nos que crescer não implica levarmo-nos totalmente a sério. Porque a linha de tempo, ainda que cruzada, é apenas uma e nós somos uma só personagem e uma só história.
«A coletânea de contos Quando o Futuro Vier Será Presente é uma incursão pelo universo realista e fantasista da escrita. As personagens encontram-se em tramas simples ou complexas, dialogando entre si ou confinadas pelo isolamento, revelando o que de inocente ou perverso existe no ser humano. As paisagens sucedem-se na sua multiplicidade, constituindo um cenário mais ou menos interveniente no desenrolar das histórias que podem ser as histórias de qualquer um. Personagens silenciosas que fazem da palavra um tesouro, figuras astuciosas ou com uma inocência enternecedora, seres solitários que deambulam pelas ruas movimentadas das cidades, pelos montes despidos ou pelas paisagens pintadas de verde, enchem as páginas brancas da história. Quando o Futuro Vier Será Presente é um livro sobre pessoas, sobre lutas esquizofrénicas travadas contra si próprias, sobre dissidências individuais e coletivas que constroem um mundo de punição ou absolvição.»
In contracapa Quando o Futuro Vier Será Presente
More info →«Há um A.C - Antes do Covid - e um D.C - Depois do COVID. Diziam-nos que ia ficar tudo bem, mas o que que¬ríamos mesmo é que nos dissessem quando.
O Pó de Arroz e Janelinha nasceu entre as idas à cozinha (nenhuma de nós ficou melhor cozinheira e recusámo-nos a fazer pão!) e o fascínio dos alfinetes de lapela da avó Graça, que alegravam os relatórios da DGS. Nasceu da necessidade de nos divertirmos e divertir os outros da única maneira que sabíamos: escrevendo. Bem... ainda ponderámos fazer um concerto, mas como a nossa perícia musical não vai além de tocarmos campainhas de portas, abandonámos a ideia.
Começámos sem saber o que sairia dali. Semanalmente, cada uma mandava à outra um capítulo e íamos construindo uma narrativa que publicámos nas redes sociais.
O que nos rimos, Santo Deus! Cada personagem que entrava pela janela aberta e tomava conta da história era um desafio e ao mesmo tempo uma alegria. Assim nasceram as vizinhas cuscas, o jornalista solitário, o marido calado, a rapariga que sonhava com vingança. Todos de máscara, por causa do bicho. Todos sem máscaras porque em casa se pode andar nu, se assim der na gana. As nossas personagens foram-se despindo sob o olhar de quem nos lia e... pasmámos! Exigiam mais e mais.
Foi um exercício que nos deu muito gozo e solidificou uma amizade que cresceu entre gargalhadas e uma pontinha de loucura. A loucura de que fugíamos de cada vez que nos embonecávamos com pó de arroz e nos púnhamos à janelinha a ver as nossas personagens passar.»
In contracapa Pó de Arroz e Janelinha
More info →« A cor vermelha: esta obra é composta por dois contos, “Mercadoria” e “Estádio”.
No primeiro conto o leitor pode acompanhar um episódio da vida de uma escritora, que não esquece o encontro com leitores que muda completamente o (seu) quotidiano.
No segundo conto o leitor pode acompanhar um episódio da vida da selecção portuguesa de futebol feminino, uma equipa que será capaz de passar por momentos e peripécias como nenhuma outra.
A cor vermelha é uma obra que parece parte de uma espécie de tabela na qual a paixão e a violência surgem representadas pela mesma cor.»
Tony Tcheka é um dos principais escritores da Lusofonia.
Este seu novo livro, composto por 4 contos, Pekadur di Sambasabi, Manito o Patriota, Camarada Melhor Amanhã e Excisadas na Flor da Idade, é um verdadeiro contributo para o acervo da História, da Cultura e da Língua Portuguesa.
Assistimos, durante a leitura, a um entrelaçamento de culturas; aprendemos com os dialetos, as lendas, as tradições e os costumes, desta narrativa histórica contada, que nos adverte para o quanto é necessário "pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro", tal como Hérodoto visionou.
Tony Tcheka é um profundo conhecedor da História e das estórias de homens e mulheres que sendo escravos da sua identidade, se tornam vítimas fáceis da ignorância, do medo e da ganância.
Como se fosse pouco, confere aos seus textos um embelezamento semântico e sintático, numa requintada criação literária.
«Os personagens de Uma Borboleta na Cidade são, na verdade, como borboletas que se vão metamorfoseando nos seus casulos de solidão e infortúnio, pois que o destino os leva a esse encontro de saudades numa encruzilhada de dores e nostalgias entre Luanda (a porta do Inferno) e Hamburgo (a porta do Paraíso), através da história de Joel.
Magoadas no corpo e na alma, essas borboletas conhecem-se na cidade alemã, onde tentam sarar as suas feridas (…).
No conto Uma Borboleta na Cidade o discurso narrativo é produto do acto de enunciação de vários narradores que individualizam o modo narrativo em termos de ordem temporal e modalidades de representação dos diferentes segmentos de informação diegética, tanto no espaço social como psicológico. E é assim que Hamburgo se torna simultaneamente ponto de encontro, lugar de exílios e espaço físico da memória, em função das atmosferas pungentes projectadas sobre o comportamento dos personagens, borboletas encandeadas por todas as utopias.»
Manuel dos Santos Lima
In contracapa Uma Borboleta na Cidade
A cor vermelha: esta obra é composta por dois contos, “Mercadoria” e “Estádio”.
No primeiro conto o leitor pode acompanhar um episódio da vida de uma escritora, que não esquece o encontro com leitores que muda completamente o (seu) quotidiano.
No segundo conto o leitor pode acompanhar um episódio da vida da selecção portuguesa de futebol feminino, uma equipa que será capaz de passar por momentos e peripécias como nenhuma outra.
A cor vermelha é uma obra que parece parte de uma espécie de tabela na qual a paixão e a violência surgem representadas pela mesma cor.
"Todos nós, um dia, tarde ou cedo, havemos de entregar a farda."
Luís Alberto Lima do Rosário, um guineense que ama a cultura do seu país, perpetua através de 13 fábulas a identidade e o património das lendas e tradições guineenses, que ao longo da história da Guiné Bissau passaram de geração em geração através da oralidade.
More info →«Na orla dos medos desenham-se rostos, pintam-se gestos, esculpem-se desafectos.
Nestes contos sobre a despedida da infância
e da inocência, do sono à consciência, o sonho
esbate-se na tela pedrugosa da realidade.»
In contracapa Sombras Sonâmbulas
More info →“Este é um conto que fala sobretudo de amor e de esperança. (...)
Baseado em factos reais, vividos na primeira pessoa, faz uma alusão extraordinária a tudo o que o amor traz, desde os seus desígnios e as formas misteriosas de se mostrar, às enigmáticas e criativas formas de expressão, numa série de pensamentos díspares e originais que nos fazem ficar presos à narrativa pelo fascínio com que o autor se despe perante a sua própria essência.”
In prefácio de Andressa Marques Freitas Oliveira
«As memórias sabem mais do que nós, não tenho dúvidas. Este é um livro de memória e pós memória; as que retive e as que me foram transmitidas. Recordações que ficaram num pedaço de papel encontrado entre as folhas de um livro, um postal, uma foto, e lá vamos nós remexer nas memórias que muitas vezes são sofridas. Outras alimentam e transportam-nos ao presente. Intensas, porque as leves não tiveram ocasião de o ser. São minhas e estão-me cravadas na alma com uma tinta que alimenta a caneta para contá-las.
São histórias de vidas de uma Comporta antiga, que têm nome, mas poderiam não tê-lo. Vestem a pele de uma comunidade. Contadas por um narrador que lhes conhece por dentro os recantos, os espaços sombrios e aprendeu a desviar-se das urtigas porque as sentiu na pele. São histórias de uma gente laboriosa que sussurrou ao vento as dificuldades.
Este é o meu contributo para que não morra a memória coletiva de um pedaço de uma África Metropolitana, feita de suor e muitas lágrimas, mas também de uma alegria e riqueza cultural genuínas, que não precisa de grandezas materiais para sê-lo.»
In contracapa
Comporta Aberta - Retratos de uma Comporta Antiga
Movida por uma incomensurável sensibilidade visionária, a autora,
observadora atenta da realidade circundante, radiografa
os problemas cruciais que ceifam, atualmente, o sossego e
o bem-estar do ser humano, procurando soluções na cumplicidade,
que nasce e se desenvolve, gradualmente, entre
a movimentação das suas múltiplas personagens, pelas
geografias diversas, e a panóplia de ações humanizadoras,
engendradas no decorrer das várias etapas da sua empolgante
viagem imaginária.
Ao longo desta narrativa encantadora, o leitor jovem ou adulto
é convidado a participar numa viagem empolgante. O seu
processo imagético, sempre dinâmico, ora provoca uma
fruição desmedida devido à beleza das diversas perceções
sensoriais, ora possibilita a reflexão crítica sobre temas
atuais e pertinentes, que suscitam o debate e, consequentemente,
a demanda de respostas urgentes, no que envolve:
a felicidade na Escola e na sociedade; a educação integral;
a riqueza do multiculturalismo; os reflexos nefastos do
sedentarismo juvenil na era da epifania digital; as consequências
da proteção excessiva dos jovens; a importância
da comunicação intergeracional; o isolamento, a solidão, a
ausência de afetos e a insegurança das pessoas na 3.ª idade
em ambientes rurais e a valorização da natureza, entre
muitos outros.
(In prefácio de Maria João Martins)
"Procópio é um indivíduo franzino e levemente careca. Tem pernas tortas e ligeiramente peludas. Ventre não muito proeminente. Há uma luta entre as calças e o ventre, que dá origem a um tique constante.
O amigo Luís é alto e magro, culto, com uma licenciatura em Letras e professor de Germânicas."
Pedaços de Vidas é uma coletânea que reúne contos de temática diversa, cujas personagens vagueiam por diferentes paragens – mato, cidade, areia, asfalto, mar, intra e extrafronteiras de Angola. Pelas narrativas, muitas delas imbuídas de hábitos e costumes da terra, perpassam episódios de encontros e desencontros, amor e desamor, dor e luto, ganhos e perdas, resiliência, fé, conformação, gratidão, humor, riso e lágrimas...
No final, equiparei o resultado do trabalho a uma manta de retalhos, um patchwork conjuntado de pedaços, catados aqui, ali e mais além ao longo de décadas de caminhada, após baralhados e cerzidos a mando das recordações e do fluir da imaginação.
A evolução da Herdade da Comporta e, no fundo, de toda a zona que vai de Tróia a Melides, tem acontecido de forma imprevisível desde o 25 de abril de 1974 e mais vincada nos últimos três ou quatro anos. Para uns, foi uma oportunidade e um enriquecimento resultante do acesso à propriedade edificada. Para outros, consistiu na desgraça de uma agricultura que se adivinhava próspera e indestrutível, mas que se revelou pouco atrativa. As duas realidades confrontam-se e contradizem-se.
A fragmentação da herdade, um ato de gestão controlada, abriu portas a caminhos e consequências imprevisíveis que só o futuro poderá revelar.
Há uma coisa que a Comporta, no sentido do todo que a forma e é conhecida, tem de perceber: Não pode, em circunstância nenhuma, traçar um caminho que amanhã se possa dizer que está como o Algarve.
A degradação paisagística e ambiental, a preservação dos recursos naturais tem de ser contabilizada como desenvolvimento. Não perceber isso é ganhar hoje para perder amanhã.
Podem até comprar o Céu e guardá-lo só para si. Mas, a dura realidade indica que a semelhança entre ricos e pobres é que ambos morrem e as terras ficam com tempo para se restaurarem.
As confidências, os desabafos, as pequenas histórias de cinco mulheres que embora partilhando um tempo e um espaço comum, apresentam sensibilidades, olhares e emoções diferentes face às peripécias da vida. (…)
More info →Tony Tcheka é um dos principais escritores da Lusofonia.
Este seu novo livro, composto por 4 contos, Pekadur di Sambasabi, Manito o Patriota, Camarada Melhor Amanhã e Excisadas na Flor da Idade, é um verdadeiro contributo para o acervo da História, da Cultura e da Língua Portuguesa.
Assistimos, durante a leitura, a um entrelaçamento de culturas; aprendemos com os dialetos, as lendas, as tradi-ções e os costumes, desta narrativa histórica contada, que nos adverte para o quanto é necessário “pensar o passado para compreender o presente e idealizar o futuro”, tal como Hérodoto visionou.
Tony Tcheka é um profundo conhecedor da História e das estórias de homens e mulheres que sendo escravos da sua identidade, se tornam vítimas fáceis da ignorância, do medo e da ganância.
Como se fosse pouco, confere aos seus textos um embelezamento semântico e sintático, numa requintada criação literária.
Nota da Editora
Este livro resulta do Concurso Bolsas Criar Lusofonia, promovido pelo Centro Nacional de Cultura, com apoio do Ministério da Cultura/Direção Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas de Portugal.
More info →Nandinho é uma criança que parte com os pais, da sua amada Guiné, em busca de uma vida melhor. No entanto, depressa se depara com circunstâncias adversas que o afastam da família e o encaminham para uma instituição de caridade, na qual vai crescer.
Quando toda a esperança parece ruir, eis que descobre que o destino colocou diante de si pessoas que são verdadeiros anjos sem asas, sábios e bondosos.
É graças a elas, mas sobretudo à sua persistência, coragem e força interior, que Nandinho se mostra capaz de enfrentar e superar as maiores dificuldades.
Ao longo do atribulado percurso, transforma-se num jovem que vai deixar a sua marca no mundo, representando o que de melhor o ser humano pode fazer florescer dentro de si, apesar das pesadas provas com que a vida o pode desafiar.
Esta é uma singela história de superação e coragem que nos leva a repensar na condição humana, que é comum a todos e a todos nivela de igual modo.
Só o amor e a tolerância nos podem salvar, na difícil travessia que todos empreendemos no mar da vida, construindo pontes e desconstruindo muros inúteis e absurdos de discórdia e de preconceito.
More info →«Corria o ano de 2023, senti sem pressa uma tremenda força para escrever sobre o flagelo da solidão no ser humano. Mas como dar forma a esta realidade até chegar ao grito de cada um, de cada ser encarcerado num corpo em ruína? Por vezes, é a crueldade da solidão que cria a revolta necessária para dar um outro sentido à vida, sim, todos os seres humanos podem libertar-se dessa servidão e salvarem-se na voz de alguém. Por isso, imploramos, em ávido desejo, para que a solidão nos surpreenda como uma manhã de um sol que nos arrefece o corpo e nos acalenta a alma. A Aurora da Sabedoria narra esses cenários distintos, salta os muros perigosos sem que o ser humano se magoe e, num desvario laborioso, espraia a miséria afetiva, a tal injusta miséria que nos martiriza e nos entristece.» In contracapa A Aurora da Sabedoria
More info →Esta obra, finalmente descensurada, serve-se da paródia para alcançar um nobre e antigo propósito: o de “castigar os costumes pelo riso”.
More info →Dizem que são os loucos que falam sozinhos. Mas como de médico e de louco todos temos um pouco, talvez quem fale consigo mesmo seja um louco à procura de cura. Às vezes apenas à procura de sentido, um sentido para a vida, para a sua vida. Um sentido que nem sempre se encontra, ou talvez no fim dela, quando menos se espera, tudo faça sentido, sim.
O Homem que aqui vos fala, é um homem inocente, solitário, porque o percurso de to-dos nós, quando buscamos o sentido que a vida tem, é sempre feito sozinho.
«Mais um livro em que a autora de Bô Tendê? (1991) – um seminal livro sobre o mesticismo insular (sim, com e, eventualmente para celebrar o que se pode considerar uma mística mestiçagem ou um misticismo mestiço) – deixa impressa o seu idioleto poético: uma poética feita de mineração da palavra, mas em conjugação com a estética do sensorial, de que resulta um discurso em que prevalece a sua sensibilidade pessoal na relação com o mundo insular. Essa sensibilidade ancora-se na memória sensorial, a que a autora (poetisa e ficcionista) nos habitou, desde títulos que nos remetem para os sentidos: visão (No País do Tchiloli ou O Cruzeiro do Sul), audição (Bô Tendê? ou Quebra-Mar), olfato (Pé-de-Perfume ou Aromas de Cajamanga), tato (Pingos de Chuva ou À Sombra do Oká) e paladar (Chá do Príncipe e Um Grão de Café), enquanto este último, Chão de Canela – um coletânea de dezassete narrativas em diálogo com poemas de livros anteriores, a convocar a historicidade do percurso da escritora) – parece ser a síntese sinestésica dessa ontologia do subjectivo na obra de Olinda Beja.»
Inocência Mata (FLUL/CEComp)
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