É do nosso quotidiano, de vez em quando, lembrarmo-nos de provérbios, uns mais conhecidos, outros menos conhecidos, que nos ocorrem à memória, mas que depressa deitamos ao esquecimento, como uma nuvem ligeira que passa e não regressa.
More info →Viajar faz bem!
A história das viagens começou com os meus pais. A vonta¬de de ver mais foi crescendo e ainda não parou. Agora, quero conhecer o Mundo.
Fui começando a planear as minhas próprias viagens mas, geralmente, estas resumiam-se a meter-me num avião, conhe-cer uma cidade e voltar. Não é que não fossem boas (todas as viagens são). E implicavam planeamento, é certo! Era preciso organizar o tempo que tinha para os sítios que queria visitar e deixar espaço para aqueles passeios sem rota marcada, em que se vê e descobre tanto!
(….)
Temos de dar o braço a torcer. Ir ao Japão é entrar numa sociedade muito avançada no que diz respeito a educação, respeito e interação social. Os japoneses são extremamente simpáticos e educados, tentam ajudar em tudo o que podem, apesar da barreira linguística. Se estão 1 minuto a olhar para um mapa com ar de perdido, vem logo alguém ter convosco a oferecer ajuda. Se está a chover, vem alguém oferecer um guarda-chuva. Nunca vi nada igual e foi das minhas coisas fa¬voritas no Japão.
Ana Cláudia Rouquinho, in Diário de um Passaporte
More info →Diamantino compra livros desenfreadamente, há uma criança que pedala sem sair do sítio, mas conhece o mundo inteiro... Belchior é viciado no jogo, Ulisses sofre de excesso de esperança, Tomás possui uma orquestra especial, Teófilo está perdido no deserto, e Ludgero sonha em poder voar...
More info →“(...) Alguns de nós, procuram no passado, explicações e razões para dificuldades presentes, como se a história dos individuas fosse linear, os processos desenvolvimentais pré-determinados e a sequência de acontecimentos uma inevitável escorregadela no tempo.
Outros olham para o amanhã, como se, lá, só lá, residisse o conhecimento, a sabedoria ou a verdadeira vida para viver. Projetam-se no futuro, no que irá acontecer, no que aí haverá de desconhecido e incontrolável. É no que virá e no que se antevê que centram todas as expectativas, todas as energias, todas as realizações ou, inversamente, todos os temores, incertezas e angústias.
Se, o engenho de que somos dotados nos permite esse exercício deslumbrante de organizarmos o tempo tridimensionalmente e de lhe darmos profundidade e espessura como se fosse uma zona de existência autónoma, o facto é que, quem existe, somos nós.
É em nós que habita o nosso tempo de significação.
Somos nós que usamos, como queremos e podemos o que foi e o que virá. Às vezes, como martírio, outras como fonte de exultação. (...) Um livro como este, que se chama ‘Tempo e Memórias em Psicologia’, onde se cruzam temas diversos, próximos daquilo que são algumas das teorias explicativas dos processos desenvolvimentais, é sobretudo um excelente pretexto para uma reflexão sobre a nossa própria identidade. Que vos seja útil!”
In prefácio
Isabel Pereira Leal
Professora Catedrática
ISPA – Instituto Universitário
“quando se descobre que há um universo / Um espaço sem fim e sem tempo / (...) / Tudo muda. / Derretem-se as máscaras, / Os movimentos terminam, / Só nos resta parar, / Só nos resta enfrentar / quem somos, / A verdade que somos, / Aceitar a Existência.”
More info →“Roberto Carneiro de Alcáçovas de Sousa Chichorro não é um oureense de gema, mas traz evidentemente Ourém no seu coração. Já lá vão mais de dez anos desde que se deixou levar pela beleza idílica deste nosso Concelho, positivamente influenciado pela arte de bem receber das nossas gentes. (...)O ano em que celebra 80 voltas ao Sol, é precisamente o mesmo em que se comemora o 30.º aniversário da elevação de Ourém a Cidade. Feliz coincidência esta, que une dois números redondos em torno de um par de acontecimentos marcantes, uma história que se funde num sentimento recíproco de admiração, carinho e respeito. (...)O Município de Ourém estará para sempre grato a Roberto Chichorro pela projeção e promoção da imagem deste nosso Concelho, pelo país e pelo Mundo fora, graças à excelência de um legado artístico internacionalmente reconhecido. Obrigado, Pintor Poeta!”
Luís Miguel Albuquerque
Presidente da Câmara Municipal de Ourém
Obra de colecção, em capa dura, de um fotógrafo de renome internacional, premiado e exposto em vários cantos do mundo. Um livro retrospectivo de um humanista recentemente falecido, que dizia procurar fotografar por dentro das coisas. Permaneceu quase incógnito até ao fim dos seus dias.
More info →RASGAR SILÊNCIOS, porquê?
Sou filha de pais surdos, CODA (Children Of Deaf Adults) e tenho como língua materna a Língua Gestual Portuguesa. Nesta circunstância familiar e na faixa etária de criança cresci no friso cronológico dos anos 60-70, em que a Língua Gestual era vista como ‘envergonhada’, pouco assumida e institucionalmente não aceite. À época, era os ouvidos dos surdos, para que a Pessoa Surda, na sua Língua , a Língua Gestual, pudesse expor o ‘assunto em causa’ que o levara àquela situação. A infância galopou sobre mim e por isso não vivi, nos seus parâmetros ditos normais, esta etapa de vida. Aos 11 anos sabia mais de tribunais, advogados e juízes do que de brincar ao esconde-esconde. Ainda hoje, frases como ‘Vais com o teu irmão, para tomar conta de ti’ arrepiam-me. Em 2018, por necessidade de arrumar o passado, denunciar vilões, fazer sentir que a História existe e contribuir para que se evitem os mesmos erros do passado, assumi a escrita do livro ‘Rasgar Silêncios’.
Amélia Amil
Primeiro livro editado acerca de um dos maiores pintores modernistas de sempre. Consiste num álbum de desenhos e esboços da primeira fase da sua carreira (1916-1917), respeitador das dimensões, grafismo e espírito do original.
More info →Viajar é sair de casa, vestir-se como um louco, dizendo tudo e
nada num postal. É dormir noutra cama, sentir que o tempo é
curto, viajar é regressar.
Gabriel García Márquez
O eloquente e messiânico Jorge Budapeste decide deixar
Riobarbo, a sua terra natal, para cumprir os desígnios
que tinha traçado para si mesmo, ainda antes de ter sido
concebido pelos seus pais, Eduardo Budapeste e Carolina
Perene. Mas a sua viagem estava longe de se desenrolar de
forma convencional porque, apoderado pelo seu próprio ego,
Jorge Budapeste acaba enredado na Guerra do Ópio, na qual
ganha um lendário, mas perverso mediatismo. Na luta entre o
Ego e o Homem, viaja até cumprir o seu destino. A Viagem é
uma emulsão do real e do mágico e nela não há crueldade que
não venha temperada com beleza.