Ao longo de duas décadas, a prática textual de Benedita Stingl mante- ve os traços que melhor a identificam: lirismo, convocação amorosa, as emergências de eros, uma subjetividade não imune às asperezas do real e ao irrepetível de quanto passa.
More info →A poesia de Alice Coutinho «transborda» contenção e ousadia: sol, sombra, desertos de vida latente…Há nela muito de fálico, mas também de feminino, que desliza «entre os sulcos do nosso silêncio»; são esses sons que constituem verdadeiros atos de criação, escorrendo de aberturas, «hiatos» abertos no espaço e no tempo, inclusive nos não-lugares.
Lendo-a, sentimos o sopro, o «hálito» genesíaco, surpreendendo-nos sem nos agredir.
(…)
Filha de estranha grandeza!
Aquela que me devolve a pureza
E me arranca juízo, Fé e Razão!
Rendendo-me a tamanha nobreza
Incandescente luz e clareza
Que me arrasta, abandonada, no chão!
(…)
Escrevemos Poesia porque sim. Ela transcende-nos e sabemos que isso não nos basta. Ela é o começo do Mundo e, para alguns, um corrimão estável e seguro. Assim, aceita este primeiro conselho: aventura-te e realiza um longo passeio por este belíssimo livro de Poesia que é também uma espécie de Manual para a Vida e para a Morte. Frui, inquieta-te, leva as tuas dúvidas ao limite e, enquanto por cá andares, saberás que os versos do Luís Ochoa serão – também – o colchão fofo e perfumado que irá aparar as tuas quedas.
Não é – apenas e só – mais um livro de Poesia, é um imenso grito do verdadeiro poeta Luís Ochoa a que ninguém pode ficar indiferente. É urgente despertar e ouvir bem. Conselho: lê – como se fossem mantras ou orações – um poema por dia e a tua Alma ficará imensamente agradecida.
Este livro é também uma espécie de Sabat (“suspensão da atividade”), um começo de liberdade com ou sem finalidade, um caminho para a Metafísica (que é e não é Outra Coisa).
A proposta poética é um roteiro que convida a uma peregrinação pelo lugar essencial da Alma. Para realizar tal coisa é preciso que sejas um aventureiro da espiritualidade. Se não és do rebanho e tens coragem, ousadia, rebeldia, inquietação, dúvida e capacidade de espanto, então vai e «Faz o caminho do Poema» (Ângelo Rodrigues).
Este livro é uma busca/demanda pelo Sentido. Não encontrarás aqui nada que não esteja já na tua pobre Alma. O primeiro problema é que não tens sabido procurar. O segundo problema é o facto de viveres na sociedade do Cansaço. O terceiro – e também o maior problema – é a tua/nossa incompreensão do que É. Lê e liberta-te!
Por Ângelo Rodrigues
‘Alma’ é sinónimo de íntimo, de espírito, de sentimento. ‘Alma Minha’ é sinónimo de um brotar natural de palavras, do mais profundo interior de um ser pensador e inquiridor até às linhas de uma folha de papel.
More info →Português / Alemão
São as intermitências do tempo que comandam a vida, porque nos fazem estar, regressar e ir.
Os teus espaços, Alice, são salitre quente que nos levam a revisitar os nossos, através dos teus rios rebeldes/quase delin-quentes curvas sagradas e ruas mornas.
E é na leitura dos teus poemas que o leitor se perde na tua saudade, já que o tempo escorre, ama e apaixona-se... revisita-se em momentos de reflexão, através de um Buda, o das sílabas douradas/áridas de um sopro, que imprimes neste livro, e eu fico feliz por ser a leitora dos teus instantes de insónia.
Cada um dos teus poemas é uma travessia pela Vida.
Fiquem assim, caros leitores com a verdade dos desertos, de
Alice Coutinho... in -extremis.
Avelina Ferraz
«Emílio Lima sempre me encantara com a sua poesia desde que o conheci há longos anos em encontros poéticos onde a sua voz se elevava às alturas, ora mitigando a saudade do seu rincão Natal, ora exaltando o seu amor imorredouro à sua bela e amada Kanafistra!
E ei-lo que, de degrau em degrau, chega agora ao seu novo livro a que deu o belíssimo título Pedaço Teu - Musa e Pátria Minha. (...) Todo este livro é uma exaltação poética no apego incansável às múltiplas estações que lhe rodeiam o ser, às inúmeras manifestações da errância do homem africano que o poeta vê um exilado no seu próprio país, os vultos da infância, o relicário do desejo, os acordes e desacordes sociais que enlaçam mitos e realidades num frenesim selvagem e doce como a sombra dos cajueiros que sombreiam os campos da sua amada Guiné-Bissau.»
Olinda Beja, escritora santomense
More info →“Goreti Duarte tem uma voz singular!
Confesso que entre as centenas de livros de Poesia que já me passaram pelas mãos, este é um puro salto de paraquedas!
Não traz uma fissura no balão: não o deixa cair nem é abertura por onde saia a essência dos seus poemas, mas a verdade é que nos balanceiam, nos provocam e seduzem. (…) É ELA, a alavanca do Poema! Diferentes entre si, estão cosidos uns aos outros, mas em plena Liberdade!”
In Nota Introdutória de Conceição Lima
Maria de Lurdes Monteiro escreve poemas que falam de quem ela é. Criou poesia e deixou que a voz do seu “eu” poético falasse dentro dos poemas.
More info →Português / Inglês
A Antologia Portuguesa tem o seu epicentro no coração do Grupo Asas de Poesia e na experiencia individual e coletiva dos autores que nela constam.
Sendo a POESIA uma arte, talvez a mais pobre de todas as artes, decidiu o Grupo Asas de Poesia, para celebrar o seu quinto aniversário e com o apoio da Câmara Municipal da Maia, editar este livro dando assim possibilidade ao publico em geral para conhecer poetas com obras editadas mas desconhecidos do grande público.
Pelo Grupo Asas de Poesia,
Orlando Mesquita
The Portuguese Anthology has its epicentre in the heart of the Poetry Group Asas de Poesia (Wings of Poetry) and in the individual and collective experience of the authors that appear in it.
As POETRY is an art, perhaps the poorest of all the arts, the Asas de Poesia Group decided, in order to celebrate its fifth anniversary and with the support of the Mu-nicipality of Maia, to publish this book thus giving the general public the opportu-nity to know poets
with works published but unknown to the general public.
By the Asas de Poesia Group of Poetry,
Orlando Mesquita
Este livro exibe um intertexto circular e andante, haurido na compleição erudita e no cuidado de cavar fundo o chão de cada lugar. A conjugação de Regina Correia, lúdica e telúrica, lembra-me uma concha. Não só por rumorejar o mar e se quedar inerte, mas por sugerir uma turbante de sedimentos.
Filinto Elísio (poeta)
No princípio era o Verbo, a palavra fundadora e criadora do entendimento entre os homens. O princípio deste livro é o Lugar, o espaço de pertença de todos e cada um, não importa a sua situação geográfica, política, social, económica, religiosa. As fronteiras não existem na Conjugação dos Mapas.
Anabela Almeida (Professora e Investigadora)
"As Estações" é uma obra poética que acompanha um indivíduo, da conceção à morte, e as suas ligações às figuras femininas fulcrais na sua vida: a mãe, as namoradas, a sua mulher. Do endeusamento da mulher à desilusão das relações, mais do que das pessoas individualmente, a obra como que percorre o fio da vida pousando aleatoriamente em alguns pedaços e deles fazendo súmula do passado breve e do presente. Cada fase da sua vida, dividida em quatro, é uma estação. O que a Primavera cria e abre, o Inverno encerra, mas apenas metaforicamente, dado que é o prelúdio de um novo ciclo de criação.
In contracapa "As Estações"
Encontramo-nos à beira-rio e ele propõe-nos uma viagem num qualquer barco à deriva. Seguimos à mercê do destino das águas. Num olhar breve e entardecido, observamos. Procuramos o azul do céu, o verde da água, o murmulho da corrente; sentimos o seu cheiro e ouvimos as melodias dos pássaros. Sentimos a força dos ventos ou a neblina da madrugada. Vagueamos, passamos por pontes de afetos e vamos de encontro ao sol, onde as histórias se desenham no horizonte. E neste inebriar da Natureza, nas margens do rio são transportadas palavras de poesia, libertadas para o mundo, adormecendo as sombras das águas, rumo ao seu destino…
“O Destino das Águas” é um livro onde a poesia da vida vem ao nosso encontro, trazendo-nos o respirar de um Douro que é nosso património...
Benedita Stingl comemora, em 2018, 25 anos de carreira artística e literária.
Um percurso de palavras e imagens que compartilham as suas ideias e os seus pensamentos.
“Um trabalho rigoroso e exigente de alguém cujo raro é o dia em que não escreva. Com disciplina, com dedicação e com exigência.”
Avelina Ferraz
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São José é talvez uma das figuras da História menos relembrada. Ele representa aquela personagem paterna, altruísta, homem que tratou e educou uma criança que sabia não ser sua. Um mártir no seu próprio tempo, cuidou de um futuro que não lhe pertencia. E, no entanto, pouca atenção é dada ao homem que do pouco que tinha, tudo deu a quem iria mudar a história para sempre.
O pseudónimo Zé d’Altar é um tributo às pessoas que ficam nos memoriais das capelas, mas não no altar-mor.
O primeiro livro de Paula Lourenço é sobre a perda, a intimidade, a esperança e a resiliência; sobre lidar com os despojos de algo abandonado por alguém, muitas vezes a própria narradora. Deambulando entre as esferas da autobiografia e da ficção, este conjunto de poemas sente-se como um suspiro profundo e demorado, honesto numa época atípica de tão pouca veracidade emocional e comoção.
More info →Poemas são atos de vida, e falar / dos sentimentos / que brotam / em cada pedaço de tempo / quebra o encanto, / o sagrado mistério / que a existência É!, assim nos diz a autora de Provações. E nós poderíamos ficar por aqui de forma a não defraudar qualquer sentimento que, depois de manifestado, se poderá perder em vagas suposições. Pois, falar da poesia de Avelina Vieira é de facto ficar aquém do oceano sentimental que ela encerra.
Nas suas palavras quase sempre libertas de qualquer artefacto gráfico ou convencional, existe um plano poético onde cada palavra é uma simples palavra. Simples, isolada, mas poderosa, quando associada a um todo.
A Rafaela gosta de brincar com as palavras. E com elas leva-nos para mundos fantásticos, ou como ela diz “….viajamos sem sair do lugar.”
Tem já uma marca própria de escrita e cada texto seu seduz-nos para novas e mais leituras. A alegria e a ironia divertida, pinceladas nos seus versos, proporcionam-nos, de facto, diferentes emoções, enquanto os lemos.
(...)
“A imaginação é mágica”, diz a autora…
Convido, então, todos os leitores, pequenos e graúdos, a deixarem-se envolver pela magia contida nos versos deste livro. Às crianças, em especial, peço que se deixem contagiar pela paixão da Rafaela pelo processo criativo e que escrevam, também, os seus livros mágicos!
Parabéns, querida Rafaela!
«Se a poesia é o berço da língua de um povo, nestes poemas temos o pulsar das emoções nas veias da louca paixão, cujo sangue é a tinta que nela brota como um rio que corre para o mar. Aquele mar que o autor tanto invoca como sendo o lugar dos seus segredos e das suas declarações de amor, sob o teto da noite com a lua como testemunha.
Como gostaria de
sentir a beleza da maresia
suas ondas em Ti a ondular
com ternura o teu corpo abraçar
Todas estas nervuras, ora poéticas ora sensórias, são eivadas de saudade e desejo plangente no poético sentido.
São lastro de vivência de um homem assumidamente apaixonado com aspirações únicas, mas comuns ao mais comum dos mortais, o amor e a felicidade que tanto reclama e proclama.»
Manuela Bulcão (in Prefácio)
More info →Laura Valsa traz à poesia o ritmo das suas pulsações em diálogos improváveis que, como certo, apenas têm uma morada interior e as suas vozes que alternam e encenam uma chegada ao cume do despojamento de tudo o que distrai do amor.
More info →“Este livro exibe um intertexto circular e andante, haurido na compleição erudita e no cuidado de cavar fundo o chão de cada lugar. A conjugação de Regina Correia, lúdica e telúrica, lembra-me uma concha. Não só por rumorejar o mar e se quedar inerte, mas por sugerir uma turbante de sedimentos.
Filinto Elísio
(poeta)
No princípio era o Verbo, a palavra fundadora e criadora do entendimento entre os homens. O princípio deste livro é o Lugar, o espaço de pertença de todos e cada um, não importa a sua situação geográfica, política, social, económica, religiosa. As fronteiras não existem na Conjugação dos Mapas.
Anabela Almeida
(professora e investigadora)”
Como garantia da sua identidade, Benedita Stingl recompõe, mais uma vez, através da poesia, a memória. (...)
More info →“Este livro exibe um intertexto circular e andante, haurido na compleição erudita e no cuidado de cavar fundo o chão de cada lugar. A conjugação de Regina Correia, lúdica e telúrica, lembra-me uma concha. Não só por rumorejar o mar e se quedar inerte, mas por sugerir uma turbante de sedimentos.
Filinto Elísio
(poeta)
No princípio era o Verbo, a palavra fundadora e criadora do entendimento entre os homens. O princípio deste livro é o Lugar, o espaço de pertença de todos e cada um, não importa a sua situação geográfica, política, social, económica, religiosa. As fronteiras não existem na Conjugação dos Mapas.
Anabela Almeida
(professora e investigadora)”
Este é o quarto livro de poesia de Sónia Sultuane — Sonhos (2001), Imaginar o Poetizado (2006) e No Colo da Lua (2008) — e que se inscreve numa singular trajetória de uma escalada em que o acento na sensação se afirma como inapagável imagem de marca. Marca que adquire agora novos contornos, já insinuados em No Colo da Lua, onde claramente o misticismo se posiciona para funcionar como expressão apoteótica (ou superação?) da volúpia sensorial que define o estilo criativo desta voz que se insinua nesta e noutras margens do Índico.
E é logo o título que nos prepara, não para uma rutura, ou inversão, mas para uma espécie de aliança estruturante entre o pendor sensorial e o apelo místico. Roda das Encarnações convoca necessariamente as doutrinas sobre a transmigração da alma ao longo de tempos imemoriais, de vidas anteriores, de emoções não resolvidas nessas mesmas vidas. Isto é, aquilo a que vulgarmente se chama karma ou destino e que teria a ver com o ciclo de intenções, ações e consequências que precisa ser quebrado para ultrapassar e resolver uma espécie de bloqueio encerrado… na roda das encarnações.
In prefácio de Francisco Noa
Em “Reflexos transversais” encontramos sessenta poemas que denunciam o crescimento de Ricardo Tavares. Distribuídos por quatro anos (2008, 2009, 2010 e 2012), os poemas mostram como o seu autor olha principalmente para o outro e o vê a diferentes luzes, de acordo com a sua própria caminhada. (…)
“Reflexos transversais”, iniciais de Ricardo Tavares, é uma obra que marca o crescimento do seu autor e que mostra, também ao próprio, como recentramos o nosso pensamento durante os quatro anos que fazem a passagem da adolescência para a entrada no mundo dos adultos.
Anabela Pinto, in Prefácio
Quem nos dera um novo tempo sem morte, sem ausência e sem saudade!
O PESO DOS PASSOS desperta em nós a conquista da imortalidade, e Benedita Stingl explora nele todas as consequências do maior sonho do homem, que só pode ser atingido através do amor.
Avelina Ferraz
(editora e produtora cultural)
«“Perante a beleza poética que ‘Canção de Outono’ me
proporcionou, posso afirmar que o nome de Ludger de
Carvalho estará muito em breve no pedestal da nova geração
de bons poetas de S. Tomé e Príncipe.”
Olinda Beja
Escritora são-tomense
“Ora, o que torna este livro de poesias um livro
sugerível, é a ousadia com que o autor,
de forma invasiva, adentra nos nossos sentimentos
vividos e ‘resignifica-os’ com o pincel
de poesia e a tinta da paixão e do amor.”
Euclides das Neves
CEO da Livraria Non, São Tomé e Príncipe»
O que não vês aqui é o que verdadeira-mente te queria escrever / E eu nem sei se as palavras coincidem com o que quero dizer-te / Sei que fiquei em silên-cio e tão cheia de palavras / Sei que há letras que calçam sapatos de dança, le-tras que fazem muito mais / do que pa-lavras, letras que se arrepiam, letras que comem a carne dos / sonhos, letras que têm insónias, letras que cospem no vazio, letras que se / desencontram e que têm medo do escuro [...]»
More info →"O eco das minhas pátrias representa a onda sonora
da língua portuguesa que se propaga no mundo. Contudo,
este livro é muito mais do que a reflexão do som que
retorna à origem depois de ter soado noutros lugares.
Ele assume-se, verdadeiramente, como a essência de um
povo humanista e universalista que ousa receber e dar.
O eco das minhas pátrias é Portugal no mundo. É
Porto de Graal, mas é também a primeira grande vaga de
globalização, assinalada pelos descobrimentos e é, ainda, a
miscigenação, a tolerância e o respeito com que abraçamos
os povos. É exaltar Camões, Fernão, Pessoa,
Torga e Junqueiro. É peregrinar e voltar a casa!”
“Ao nos tornar cúmplices de seus pensamentos, a autora
nos carrega para um mundo ao mesmo tempo lírico
e distópico – o lugar das almas que amam –, e, contudo,
nos exibe almas que espelham o nada. Seu monólogo
interior nos revela uma consciência jovem, embora nos
deparemos, muitas vezes, com uma senhora experiente
a perceber a realidade do seu entorno” ... “Beatriz
Aquino não está brincando de escrever. Da alcateia de
escritores, ela sobressai- se como loba apta a permanecer
entre alguns lobos mais velhos. E uiva, amaldiçoando
nosso pertencer a esse universo imenso, escuro e impiedosamente
eterno...”
Ricardo Ramos Filho
Este livro é uma Ode ao Marco de Canaveses, à sua Natureza, às suas belezas paisagísticas, às suas gentes… à vida.
More info →“Passeata pelas vozes” transmite ao leitor sentimentos
de alegria, tristeza, amor e esperança, nele a autora
define-se como alguém capaz de compreender tudo
aquilo que a inquieta, bem como o mundo que a rodeia.
A poesia é lírica e mostra-se apaixonada por tudo aquilo
que existe dentro e fora da realidade da autora, que usa
a natureza como linguagem para se expressar. A obra é
uma “abertura para novos rebentos” que são descritos
com emoção e plenitude, chegando ao leitor com uma
poesia de rara beleza.
(...) e então começa a ser tempo de recriar o natal (desta vez este) quer um presépio família tradição (o pai a mãe o filho o jerico a vaca e o mais sem precisão) quer também (não importa a incongruência) um pai natal bonacheirão bota afiambrada barbas brancas rosa nas faces olhos sóis carro puxado a juntas de renas(…)
More info →“EU SEI, Maria Stingl, que a nudez hoje é um elemento muito explorado, porque ao contrário do que se pensa somos preconceituosos com o nu.
Recordo A INSUSTENTÁVEL LEVEZA DO SER e o exercício do espelho de uma das suas personagens, enquanto leio e releio este livro. JE SAIS é feito com o corpo e com o olhar e causa rebuliço.
Não nascemos (os humanos) com roupas. Nascemos revestidos com a pele, que em experiência cultural e não biológica não serve de véu, aquele que nos foi posto naturalmente sobre o corpo.
Mas estar nu pode ser descobrir a pele, essa que alguém pode olhar quebrando a privacidade e a necessidade de exposição.
Maria Stingl fala-nos ou escreve-nos sobre olhar o nu: um olhar que inspeciona, que busca algo sob a roupa: observar a partir de insinuações e imaginar a arte em ficar com roupa e fazer o observador imaginar o corpo nu.
Há uma pele por debaixo da roupa... e sim, nós sabemos, EU SEI.”
Avelina Ferraz
More info →(…) Neste pequeno livro, leio / sinto o mundo de Fabíola. As pessoas que ela vê, os sentidos toldados por uma emoção, o amor e a esperança, mas também a crítica. Há passado, presente e futuro. E há aquilo que motiva tantos de nós para a escrita: a ideia de que podemos, através da palavra, chegar ao Outro. Diria que esse é o propósito que Fabíola acalenta todos os dias, nos seus pequenos e grandes gestos, nos silêncios e partilhas e na escrita que a toma de assalto.
E ter a escrita por missão é traçar no destino um ofício solitário que só brilha quando é lido por Outro.
Fabíola sabe-o e ainda bem.
Patrícia Reis
In Prefácio "Esquírolas"
CASA MATERNA talvez seja sobretudo uma morada, um território pessoal ou marca identitária: a minha. Aqui se encontram caricaturas de tipos sociais, figuras reais, notas sobre ideias ou sensações, paisagens, ambientes inesperados, pormenores e palavras em festa, rubras de excitação, desgastadas ou alucinadas, mas sempre genuínas.
É um discurso sintético plasmado em textos que se completam e dialogam entre si, mas díspares também. O leitor irá atribuir-lhes a classificação que entender, se lhe parecer importante.
Quando sentir que anda aos solavancos, que alguns versos parecem atirá-lo borda fora, que há poemas violentamente prosaicos e prosas raivosamente poéticas, pode não ser uma mera impressão. Os textos dizem-se para dentro e para fora. Gostava de imaginar que CASA MATERNA é também um lugar onde nos podemos todos encontrar, uma zona de concórdia onde polémicas estéreis e temas inutilmente fraturantes não são levados a sério. Mas haverá sempre tempo para pequenas provocações marginais entre mim e o leitor: este é um diálogo translúcido e dinâmico onde nos entendemos, nos arranhamos timidamente e nos questionamos.
Luísa Fresta
More info →A arte poética de Pacheco de Miranda Santos radica num tríptico que o tem acompanhado em toda a produção literária desde o primeiro livro, editado em 1978, a que deu o belíssimo título “ Raízes que não morrem”
More info →Avelina Vieira é uma escritora transcendente, fora do comum, invulgar. Escultora e pintora, transporta para os seus livros verdadeiras telas da vida. Pinta com as palavras, constrói esculturas feitas de livros.
Vê o mundo com olhos de aguarelas, com pincéis de genialidade e traços de originalidade.
A realidade transforma-se aos seus olhos e os seus textos revelam-se para o leitor verdadeiros quadros de letras.
E há descrição, há introspeção, há intimidade no que se lê, mas há também musicalidade e um olhar o mundo diferente e arrebatador.
Neste livro de “dois livros” há afetos, textos dedicados a pessoas que marcaram o percurso da autora, e há passagens da sua vida, formas de apresentar o mundo aos outros.