Beatriz é vítima de um acidente grave que torna a sua vida num improvável carrossel de emoções. É-lhe diagnosticada uma síndrome rara que a obriga a passar largos meses no hospital.
O que parecia um acidente por obra do acaso torna-se num mistério que terá de ser deslindado pela polícia.
«Quero contar a alguém sobre ela, sobre ter havido criatura tão doce quanto Sofia e falar dos cabelos dela, quando dançavam na minha frente e eu sorria. Muitas vezes, não me podia conter, então batia palmas, maravilhado, só porque Sofia se mexeu. Numa noite, ficámos, eu e ela, a bater palmas um para o outro. Eu, porque ela se movia. Ela, porque eu batia palmas e Sofia batia palmas porque não entendia e adorava não entender nada. Contar isso às pessoas é ficar ainda mais distante dela e dos cabelos bailarinos. Fico a pensar se vale mesmo a pena. Qualquer dia conto isso. Invento outra metade. Amenizo umas partes. Oculto outras. Quero Sofia para mim.(…)»
Sidney Rocha
In contracapa Sofia
As confidências, os desabafos, as pequenas histórias de cinco mulheres que embora partilhando um tempo e um espaço comum, apresentam sensibilidades, olhares e emoções diferentes face às peripécias da vida. (…)
More info →A Loba não tem culpa do que se passa fora do seu habitat. Só foi “para aqui chamada” porque lhe invadiram o território. Ademais, na verdade, se a Loba foi enterrada ou não, ninguém sabe!...
More info →Desde que nasce, toda a pessoa segue um caminho. Este pode ser linear, labiríntico, cheio de curvas, esburacado, largo, estreito, sobre precipícios ou sem saída. Idalécio vai percorrendo diversos caminhos: os que lhe apontam e os que escolhe.
O que outros decidem por ele e as decisões que toma marcam-lhe o futuro, definem a sua vida e a dos que com ele se intersetam.
Nos trilhos por onde passa, ao cruzar-se com os outros, Idalécio mostra o que eles são, o que ele é, e como se organiza a sociedade onde vive.
More info →Romance luminoso que nos transporta para as relações entre as diversas religiões e entre estas e o jornalismo. Pleno de mistério e de suspense, este livro enquadra-se no estilo desta autora que, tendo já dois livros editados, se começa a afirmar com uma escrita espirituosa e afectiva. O livro conta com um prefácio do Sheikh Munir, Imã da Mesquita de Lisboa.
More info →António Pereira, o oitavo de onze irmãos, nasceu no seio de uma família que, além de numerosa, era muito pobre.
Maria Felizarda era a filha mais velha da distinta família Peres de Vasconcelos, uma das famílias com mais pergaminhos em todo o concelho.
Quando os dois jovens se apaixonam, tendo consciência de que com o emprego que António tinha não conseguiria manter o nível de vida a que a sua amada estava habituada, resolve emigrar para o Congo Belga ou Zaire, ficando a trabalhar numa empresa de construção rodoviária, no Interior.
“De que maleita padecia o Homem? À medida que envelhecia,
diminuía.”
Em “O homem que diminuía”, o protagonista, acabado
de transitar para a vida adulta, vê-se a diminuir. Pesava‑
-lhe a perda do Irmão e a rotina dum trabalho alegórico
ao comunismo soviético. Curvava-o o barulho que crescia
dentro de si, mas que nunca ouvia. E apesar de sempre
conectado, o Homem estava desligado. Porquê Homem?
Porque cómodo, pelo menos o Homem sabia o que fazer.
Porque distraído, pelo menos o Homem não se questionava.
Assim, lá ia o Homem diminuindo, até que, certa
manhã, dera consigo no mais pequeno dos anões. E de
tão pequeno que estava só lhe sobrava espaço para o
que realmente importava.
Salvador Coutinho. Poeta, novelista, contista e romancista, comemora no presente mês cinquenta anos de vida literária.
More info →A cultura neutraliza as diferenças!
As da origem, da formação, da convivência e as da partilha!
E neutraliza tudo a partir da altura em que um ser, exactamente como eu ou como o leitor, teve consciência da morte como destino final!
Consciência que o transformou num humano, por saber entre outros a partilhar tal conhecimento!
Mas poder saber e sentir como os demais é também o caminho da empatia, a capacidade de cada um se poder colocar no lugar do outro e saber sentir como ele!
Esse é um mundo onde a informação tem pouco valor, por ser a experiência a permitir encontrar o tempo e a palavra certa para se aproximar do outro, o que lhe partilha o espírito até sem ele saber.
E aqui se conta a estória de dois homens afastados pelo nascimento, pela idade e pela vida, mas amigos por entenderem e respeitarem a valia das memórias, tudo achado atrás da porta desbotada pelo sol, de uma casa onde nunca chovia.
Atrás da porta, um consertava relógios e o outro passava por ali!