Este romance fala-nos da infância das horas intermináveis, da fantasia que trazemos no coração ao acreditarmos que o céu foi pintado de cor‑de‑rosa pela fada das nuvens, não contestando a ideia do sol ter poderes mágicos, capaz de nos transformar em heróis. Brincamos no auge do sonho, na convicção de que ele jamais se extinguirá. Afinal, somos apenas crianças a quem foi dito que tínhamos o tempo todo do mundo para crescer. Virtualmente teremos sempre algum caminho, algum trilho, algum rumo, como se o desnorteio nunca fosse total, como se a força que nos empurra para trás fosse exactamente a mesma que nos lança para a frente. E isso, seres perdidos ou prestes a perder-se, é algo que nem o fado lusitano consegue ditar. E assim vão as intempéries do ser.
More info →