Entre Ricardo e Cândida existe um sentimento latente de uma amizade que deseja tornar-se num amor consentido. Mas o tempo move-se e move a vida, não esperando pelo tempo individual de cada um. E, ao ritmo do bambolear dos ponteiros do relógio, as páginas da história vão-se desfolhando e a vida vai acontecendo, revelando epílogos, por vezes, inesperados.
Num país em plena crise política e de identidade, que caminha a passos largos para o princípio do fim de uma ditadura… uma série de acontecimentos em catadupa, uma personagem insólita e inquietadora que surge do nada, um momento fugaz e uma conversa para sempre adiada podem alterar eternamente todo o rumo das vidas de Ricardo e Cândida.
Questionados nas suas convicções, dogmas preestabelecidos e verdades tidas como absolutas, jamais verão a vida da mesma forma, bem como jamais a simples sucessão dos dias e do tempo será levada com leviandade, pois se “o caminho se faz caminhando”, a vida, vista na sua plenitude, faz-se evoluindo.
Melo Marques nasceu a 8 de março de 1946 na cidade do Porto. Prestou serviço militar em Portugal e na então colónia Moçambique, entre 1967 e 1971, com o posto de 1.º Cabo.
Entre 1976 e 1981, retomou os estudos académicos em regime de trabalhador-estudante, vindo a licenciar-se em Direito, pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, em janeiro de 1981.
No campo associativo, fez parte dos corpos diretivos dos Bombeiros Voluntários de Gondomar, da Associação de Apoio ao Deficiente de Gondomar, sendo atualmente membro ativo do Lions Clube de Vila Nova de Gaia e da Associação Portugal/Moçambique.
Foi fundador da Rádio Clube de Gondomar.
Profissionalmente exerce a atividade de advogado com escritório em Vila Nova de Gaia.
Na área da escrita, para além de alguns contos de índole inédita, publicou, em 2007, o livro Contrato e, em 2010, O Sorriso de Gioconda, ambos romances ficcionados.