Emílio cresce em Lisboa entre um pai ausente e o sonho de ser realizador de cinema. O cinema e a televisão são o seu escape para o mundo do sonho. Emílio vê a sua vida em paralelo com os filmes que o libertam.
O mundo é um vasto emaranhado de caminhos e de destinos. Tão vasta rede de trilhos e circunstâncias só poderia ter sido criada pelo deus que Emílio imaginou quando era criança. Será ele quem o empurra para longe, para o desconhecido, para a aventura.
Anos mais tarde, quando regressa do estrangeiro, Emílio descobre um país mais pequeno, mais pobre e sempre limitado, onde já não cabe nem o seu sonho nem a sua alma. E de novo o deus dos caminhos o obriga a partir, numa incessante procura igual à de tantos outros jovens que deixaram de ter um país para se tornarem cidadãos do mundo.
Maria Alzira Cabral nasceu em Chaves. Foi professora e autora de livros escolares para o ensino do Português e de livros de apoio ao desenvolvimento da escrita, como Ideias para Escrever, Edições Contraponto, 2001. É também autora e coautora de obras sobre a introdução de meios informáticos no ensino. Na área da literatura infanto-juvenil publicou A Tartaruga Verde, Plátano Editora, 1988, O Sonho do Palhaço, Plátano Editora, 1988, Os Suspiros do André, Col. “Começar a Ler com a Rua Sésamo”, 1992, O Pássaro Bisnau que não é Bom nem é Mau, Texto Editores, 2008. Foi colaboradora das revistas Noesis, Aprender, O Professor, Palavras (revista da APP), Referências (revista da APF), Rua Sésamo e “Guião de Pais” desta última. Em 2011, publicou, na Editorial Novembro, o seu primeiro romance A Cidade dos Sonhos Perdidos e, em 2012, publicou na AV Conteúdos Editoriais o romance Mãe Solidão, com prefácio de Maria de Jesus Barroso. É também da sua autoria o conto Lagoa é um Lago de Pequenas Dimensões, publicado na antologia “Vi(r)agens”, da Editorial Novembro. Dedica-se ainda às artes plásticas, sob o pseudónimo de Joana David. As suas obras, quer no campo da pintura quer no da gravura, estão representadas em coleções públicas e particulares.